"Loira Lisboa, amolecida e calma,
com vitrines de sol pelos passeios
e as avenidas com passeios de almas.
[...]
Nas praças largas a abraçar fantasmas
ficaram os pedintes de amargor.
Pés brancos, enterrados pela água,
e as mãos pendentes, pelo Céu sem cor.
Entre a música eterna da saudade
os rios vão de corações abertos.
Ao longe,
búzios a chorar jardins.
Ao perto,
estátuas a sonhar desertos."
Natércia Freire
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