sábado, 24 de março de 2012

Alberto d'Oliveira @ Pôr-do-sol

"Ó Luz ocidental, mais que a do Oriente
Leve, esmaltada, pura e transparente,
Claro azulejo, madrugada infinda!

E és, ao sol que te exalta e te coroa,
- Loira, morena, multicor Lisboa!-
Tão pagã, tão cristã, tão moira ainda..."
Alberto d'Oliveira


quarta-feira, 21 de março de 2012

Pôr-do-sol @ Cais do Sodré


"Do outro lado do rio,
cada voz é um poema,
Faz o barqueiro um desvio,
vai-e-vem, rema-que-rema,
ao outro lado do rio.

Todo o sol, a névoa, a noite,
me condensa esta saudade.
Nada impede que me afoite,
em resguardos sem verdade,
ao outro lado, pela noite."
Fernanda Botelho

segunda-feira, 19 de março de 2012

Alberto Lacerda @ Pôr-do-sol

"Aqui um não sei quê
simula o paraíso
Um sossego persiste
Mesmo ao cair da tarde
Quando o mundo parece
Desaguar no Chiado
Ao fundo do olhar
No fim do corredor
O Tejo canta a glória
De bêbado de sol
E nós neste café
Penumbra de perdão
Sentimos mais a força
Da sua luz que brilha
Em toda a direcção."
Alberto Lacerda

segunda-feira, 12 de março de 2012

Pôr-do-sol @ Aqueduto das Águas Livres



  
"Árvores no jardim do Aqueduto
sem flor nem fruto,
sem nada de seu...

Só este azul de pássaros a cantar
que vai da terra ao céu."
José Gomes Ferreira

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pôr-do-sol @ Cais das Colunas

"É entre uma sirene e uma guitarra,
é entre uma gaivota e uma falua
que está bem preso o teu cabo de amarra
de transformar laranja numa lua,
de transformar em sal o sul da lava,
de semear de limo as tuas ruas."
João Rui de Sousa

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pôr-do-sol @ Chafariz das Necessidades





"Loira Lisboa, amolecida e calma,
com vitrines de sol pelos passeios
e as avenidas com passeios de almas.
[...]
Nas praças largas a abraçar fantasmas
ficaram os pedintes de amargor.
Pés brancos, enterrados pela água,
e as mãos pendentes, pelo Céu sem cor.

Entre a música eterna da saudade
os rios vão de corações abertos.
Ao longe,
                     búzios a chorar jardins.
Ao perto,
                            estátuas a sonhar desertos."
Natércia Freire

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Alberto D'Oliveira @ Pôr-do-sol

"Ó Cidade da Luz! Perpétua fonte
De tão nítida e virgem claridade,
Que parece ilusão, sendo verdade,
Que o sol aqui feneça e não desponte..."
Alberto D'Oliveira

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pôr-do-sol @ Castelo de S. Jorge




"Quando entardece é uma suave Rainha reclinando-se
e sumptuosamente flébil estendendo-se sobre o leito do horizonte
incendiada por um derradeiro fogo melancólico em purpúreas faixas azuladas. "
António Ramos Rosa